O Leitor mais conhecido na Igreja são as pessoas que fazem na Missa a primeira leitura, retirada do antigo testamento, e a segunda leitura, retirada no novo testamento, que chamaremos carinhosamente de “Leitor da Paróquia”, e em algumas dioceses são Leitores Investidos, tem rito próprio para recebimento do ministério, assim como o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão (MESC). O que proclama ou canta o salmo é o Salmista. O Ministro Extraordinário do Culto ou da Palavra é o ministro leigo que conduz o Culto ou a Celebração em substituição ao ordenado quando não se tem Missa. O Ministro Extraordinário da Esperança ou Exéquias é o ministro leigo que conduz as orações aos familiares do fiel defunto na ausência do ministro ordenado.
Na Igreja alguns nomes são aplicados para mais de uma função. É o caso, por exemplo, do Leitor. Temos o Leitor que está se preparando para a ordenação, o Leitor instituído, que no meu caso se prepara para receber o Sacramento da Ordem no grau de Diácono. Nossos seminaristas que receberam o grau de presbítero também passam por esse processo e antes de serem Padres são ordenados Diáconos. O Leitor Instituído é um ministro extraordinário que une as funções de “Leitor de Paróquia”, Salmista, Ministro Extraordinário da Esperança, Ministro Extraordinário da Palavra e algumas outras funções conforme a necessidade da paróquia, a critério do Pároco e/ou do Presidente da Missa. As funções do Ministério do Culto e da Esperança, em nossa Arquidiocese, também são exercidas pelos MESC que estão preparados. A equipe de liturgia em algumas comunidades é chamada de equipe de leitura (primeira e segunda leitura e salmo), pois se entende equipe de liturgia são todos os que estão a serviço da liturgia: Padre, Diácono, Acólitos, Coroinhas, Leitores, Salmistas, equipe de canto… Às vezes causa confusão o Leitor Instituído, o que se prepara para a ordenação, com o Leitor Investido, o que faz leituras na Missa. O importante é estar a serviço da Palavra de Deus.
Estou nesta função em preparação à ordenação de Diácono que ocorrerá no dia 25 de novembro próximo; conto com as orações da comunidade.
Um pouco de história: o pontifical romano de Paulo VI descreve a Instituição dos Leitores e dos Acólitos. Segue abaixo um pouco da fundamentação do ministério de Leitor conforme este documento.
“IV. Os ministérios que devem ser mantidos em toda a Igreja Latina, adaptados às necessidades do nosso tempo, são dois: o de Leitor e o de Acólito. As funções que até agora eram confiadas ao Subdiácono passam a ser desempenhadas pelo Leitor e pelo Acólito; por isso, na Igreja Latina, a ordem maior do Subdiaconado deixa de existir. Nada impede, todavia, que, a juízo da Conferência Episcopal, n’alguns lugares, o Acólito possa também ser chamado Subdiácono.
V. O Leitor é instituído para a função que lhe é própria, de ler a palavra de Deus nas assembleias litúrgicas. Por isso mesmo, na Missa e nas demais ações sagradas, será ele a fazer as leituras da Sagrada Escritura (com exceção, porém, do Evangelho); na falta do salmista, será ele a recitar o salmo entre as leituras; quando não houver diácono ou cantor, será ele a enunciar as intenções da oração universal; a dirigir o canto e a orientar a participação do povo fiel; a preparar os fiéis para a recepção digna dos Sacramentos. Poderá, além disso, na medida em que for necessário, ocupar-se da preparação de outros fiéis que, por encargo temporário, devam ler a Sagrada Escritura nas ações litúrgicas. Para poder desempenhar-se destas funções, cada vez com maior aptidão e perfeição, procure meditar com assiduidade a Sagrada Escritura. O Leitor consciente da importância do ofício recebido, há-de ter o cuidado de aplicar-se e de lançar mão de todos os meios oportunos para alcançar mais plenamente e cada dia desenvolver o conhecimento e o suave e vivo amor da Sagrada Escritura, de modo a tornar-se um discípulo mais perfeito do Senhor.”
Alex Sandro Franco de Souza