No próximo final de semana, acontece na paróquia o Encontro de Casais Cristo – ECC.
O Casal Arquidiocesano do ECC Curitiba, Samir e Marisa Maggi (nossos paroquianos), explicam no texto abaixo o que é o ECC. Vale a pena conferir:
O Encontro de Casais com Cristo, surgiu em 1970 na paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompeia, em São Paulo. Seu fundador foi o Padre Alfonso Pastore, auxiliado por alguns sacerdotes e seminaristas, que tinha como objetivo principal o de procurar casais afastados da Igreja, amá-los e posicioná-los na comunidade, através da sua integração na pastoral paroquial.
Hoje o ECC está implantado em quase 5.000 paróquias por todo o Brasil e em diversos países, tendo passado por este Encontro quase 4.000.000 de casais. Diante dessa acelerada expansão, procurando manter vivo o espírito inicial do ECC, suas finalidades, suas características, sua unidade e sua integridade, fez-se necessária a elaboração de um Documento, em nível Nacional, protegendo-o da tentação de mudá-lo ou de efetuar adaptações que o desfigurassem ou o desvirtuassem totalmente, como estava acontecendo à época e ainda hoje.
Assim, movidos por este espírito, foi elaborado pelos Casais e Diretores Espirituais do Conselho Nacional do ECC e pelos Casais e Diretores Espirituais (Arqui)Diocesanos de todas as Regiões onde o ECC estava implantado um documento único, largamente analisado, denominado Documento Nacional do ECC, aprovado pela CNBB, com sua 1ª edição publicada em outubro de 1985 (ou seja, 15 anos depois de fundado) e que hoje está em sua 118ª edição, sendo atualizado, de acordo com as proposições dos Conselhos Regionais, de 4 em 4 anos.
O ECC não é uma pastoral, não é um movimento, não tem bandeira, não visa prender a si os casais e nem os casais devem prender-se ao ECC. O ECC é um “Serviço-Escola” da nossa Igreja, em favor da evangelização das famílias, feito por casais, para casais que vivenciam o Sacramento do Matrimônio, com o auxílio, a participação e a motivação do Diretor Espiritual, que precisa fazer o Encontro para entendê-lo e passar a amá-lo.
O casal “passa“ pelo ECC; não “é”do ECC. Não existe casal “ECCista”; existe casal da paróquia, pois o ECC é essencialmente paroquial.
Assim, o ECC não “compete” com a Pastoral Familiar, com Movimento de Irmãos, MCC, RCC, TLC e outros. Não “divide” a paróquia; ao contrário, “abastece-a”. É importante que se entenda que o ECC tem uma dinâmica, um carisma, que não pode, em hipótese alguma, ser quebrado ou ignorado. Caso o seja, não é mais ECC.
Não se pode escolher outros dias da semana para fazer o Encontro, mudar, acrescentar ou diminuir equipes de trabalho, permitir que qualquer um que viva junto faça o Encontro; permitir que só o marido ou só a esposa trabalhe ou participe; ou seja, TUDO o que precisamos saber sobre o ECC: seus dirigentes, sua implantação, suas equipes de trabalho, suas etapas, seus participantes, TUDO está no Documento Nacional e no Manual de Instruções que o complementa.
Não é obra do acaso. Não foi feito do dia pra noite. Não visa burocratizar o Encontro, mas padronizá-lo, de modo que um Encontro feito em Curitiba seja o mais próximo possível de um Encontro feito em Manaus, em Angola, ou no Canadá.
O ECC não “discrimina” casais de Nova União, pois como dissemos, o ECC é destinado a casais que podem vivenciar o Sacramento do Matrimônio, não a eles. Para casais de Nova União, aos quais o Papa pede acolhimento, existem Encontros Paroquiais, Setoriais e Arqui(Diocesanos) especialmente a eles destinados.
Se estes encontros “não adiantam”, como já ouvimos, devem ser melhorados, mas tentar impor ao ECC a inclusão de casais de Nova União em seus Encontros é ferir a ambos. A experiência já nos mostrou que não se pode misturar, pois não dá certo!
A dinâmica é outra! As palestras são outras! A continuidade na missão é outra! Não se pode simplesmente “encher a sala”. Vejam alguns Pós-Encontros, que tristes!
O ECC pode até auxiliar na implantação do Encontro de Nova União na paróquia, como algumas já o fazem, com sucesso, como é o caso da NS das Mercês. Mas, depois de implantado e solidificado, já caminha sozinho com seus integrantes, a exemplo do EJC.
Casais de Nova União já sofreram o bastante, seja por infidelidade, seja por desarmonia, seja por falta de diálogo, o que for. Fazê-los passar por situações que cutuquem as suas feridas é um ato de crueldade. E eles, ao sentirem-se assim, serão os primeiros a desistir e sair, pois, além da instabilidade inerente a alguns deles, estamos acolhendo-os no serviço errado, pela porta errada, tratando de assuntos que não lhe dizem mais respeito, ao invés de informá-los sobre os seus direitos, como a comunhão espiritual, como lidar com os filhos da união anterior, entre outros…
Da mesma forma, casais que vivenciam o Sacramento do Matrimônio e mantêm-se juntos, apesar dos pesares, das crises, da saúde, do trabalho, precisam e devem ser valorizados e acompanhados, pois encontraram na fé, seja através do ECC ou não, a força que os mantêm juntos até hoje.
Assim, a Equipe Dirigente existe para montar o Encontro de acordo com o DN, e não de acordo com a vontade deste ou daquele. Têm-se aberto inúmeras exceções para atender à vontade do padre, para que o Encontro saia. Resultado: para cada exceção aberta, temos mais um problema criado. Portanto, ou se faz de acordo com as normas do DN, ou não se faz!
Os Conselhos (Arqui)Diocesano e Regional do ECC existem para que as dúvidas sejam esclarecidas e o rumo seja corrigido, garantindo que o Encontro seja o melhor possível, dentro das normas do DN. Não têm a função de fiscalizar, mas antes de tudo, de orientar. Pra isso existem as Formativas Arquidiocesanas, ignoradas por tantos casais que acham que sabem tudo!
Ninguém é obrigado a manter o ECC em sua paróquia, mas se queremos que o ECC cumpra a sua missão de evangelizar, de trazer a família para a Igreja, não podemos “adaptar” o Encontro de acordo com o nosso entendimento e bel prazer.
Devemos sim, presentear os casais com todas as maravilhas que o Encontro nos proporciona, jogar as sementes, cuidar do plantio, fazer a colheita, ou seja, despertar nos casais o desejo e a vontade de ajudar na paróquia, não forçá-los a isso. O “depois” é o que realmente importa. Por isso existem as 3 etapas…
Acreditamos na indissolubilidade do casamento, na família tradicional: pai, mãe e filhos, ao contrário de tudo o que aí está! Chegará o dia em que tudo isso será passado, obsoleto, arcaico e antiquado, como já ouvimos. Enquanto esse dia não chega, sigamos o que juramos cumprir!
Quem conhece o ECC, quer o ECC.
Que Deus nos abençoe e que mais e mais paróquias descubram, entendam e se beneficiem deste Serviço que tem a missão de ir, trazer, amar e cuidar!
“ECC é Serviço! E Não Ser Visto!”
Grande abraço e fique com Deus!
Saúde e paz!
Samir e Marisa
Casal Arquidiocesano do ECC Curitiba